Desenrolando o novelo de lã que levou Isabel Costa e João Tomás até à Serra da Estrela chegamos ao momento em que o casal descobriu as ruínas de um sanatório do século XIX e resolveu transformá-las num hotel de charme.
As Casas das Penhas Douradas abriram em 2007 depois de uma intervenção do arquiteto Pedro Brígida, e foram apenas o início de uma relação de amor com a montanha que resultou na criação da Burel Factory – marca que salvou da falência uma das mais importantes fábricas de Manteigas – e, mais recentemente, na reabertura de uma antiga pousada dos anos 40, a Casa de São Lourenço.
Inaugurado em 2018, a 1200 metros de altitude, o hotel de cinco estrelas conta com 21 quartos, spa e piscina interior aquecida, ou não fosse destino de eleição no inverno. À semelhança do que acontece na própria marca Burel Factory – há visitas à fábrica integradas na estadia –, tradição e contemporaneidade andam de mãos dadas, numa decoração que junta mobiliário restaurado da pintora Maria Keil, a decoradora original da pousada nos anos 40, a peças de design contemporâneo de marcas portuguesas como a Vicara, a Util e a Branca Lisboa.
Como não podia deixar de ser, o burel também está presente um pouco por todo o lado, de revestimentos de parede a pufes, cabeceiras de cama e até numa instalação de milhares de estrelas, penduradas no tecto do restaurante com vista panorâmica para o vale glaciar do Zêzere.