Tem duas portas e três pilares: “a localização, a arquitetura e o serviço”. Quem põe as coisas desta forma é Luísa Moura, a proprietária. Em julho de 2017 abriu uma townhouse na Foz do Porto, uma zona “com um potencial enorme e muito mais tranquila do que a Baixa”, onde a ideia sempre foi juntar “o ambiente muito familiar de uma casa” ao conforto de um hotel onde há limpeza diária, pequeno-almoço e outros serviços como pedir um transfer.
Ao todo são oito quartos espalhados por três andares, quatro deles virados para o Douro, mais um salão aberto para o pátio interior. Não há espaços interditos aos hóspedes, que sem darem por isso já estão a levantar a louça suja do pequeno-almoço e a levarem-na para a copa, como se estivessem mesmo em casa (alguns até andam descalços).
O edifício terá sido construído entre o final do século XVIII e o princípio do século XIX, e foi todo restaurado pela mãe de Luísa – que é arquiteta e desenhou também a mobília –, com materiais e técnicas de construção “muito semelhantes aos que se usavam nas casas do Porto desta altura”, do mosaico hidráulico ao sistema de alvenaria em pedra.
Em vez de armários, os quartos têm uma estrutura aberta para pendurar a roupa e toda a restante decoração é minimal, o que talvez explique a preferência dos turistas nórdicos. Isso ou o bolo caseiro feito diariamente e colocado numa das salas de estar, ao lado do café e dos pastéis de nata.