No momento do check-in pode ser disponibilizada uma bicicleta todo o terreno, um buggy ou uma moto 4, e só isso já diz alguma coisa sobre a Malhadinha Nova. Com espaço a perder de vista, a herdade espalha-se ao longo de 450 hectares em Beja, produz 350 mil garrafas de vinho por ano, tem vinhas, olival, vacas, cavalos, produção biológica, adega, restaurante (onde o chef consultor é o estrela Michelin Joachim Koerper) e desde 2020 cinco novas casas a juntar ao hotel de charme. Por isso, sim, o melhor mesmo é aceitar o transporte.
O projeto cresceu e integra agora a rede Relais & Châteaux, uma das mais prestigiadas do mundo, mas continua familiar e nas mãos dos Soares, algarvios que descobriram no Alentejo “a paixão de uma vida”. Todas diferentes, as novas casas nasceram de ruínas existentes e inspiraram-se em diferentes aspetos da propriedade, com a decoração a integrar marcas e designers contemporâneos – Vitra, Flos, Ferm Living, Philippe Starck, Vincent Sheppard, Eames, e por aí fora – num ambiente rural e alentejano.
Onde isto é mais evidente é na Casa do Ancoradouro, joia da coroa com 880 metros quadrados, sete suítes, piano e piscina, em que o pavimento foi feito à mão por um mestre de Beringel, na mesma terracota encontrada na paisagem circundante, e onde um candeeiro desenhado por Marcel Wanders para a Moooi convive com móveis vindos de uma mercearia.
Na Casa da Ribeira, a terracota dá lugar ao azul e à madeira, ou não fosse inspirada na ribeira vizinha, enquanto na Casa das Artes e Ofícios – a mais pequena, e ainda assim com 180 metros quadrados –, o verde da argila e das oliveiras pintou até as paredes. Todas as casas são reservadas em exclusividade, têm piscina privativa e cozinha equipada – tão equipada que cada uma dispõe de um serviço Vista Alegre diferente.
Com tanto espaço, e no segmento de luxo, o novo conceito Malhadinha Collection traz também novas experiências, incluindo passeios a cavalo e piqueniques nas vinhas, com direito a rede mosquiteira e toalha branca na mesa.