DAM
Peças de decoração tratadas como personagens. E com sentido de humor.
Texto: Ana Dias Ferreira
Inspirada no campo e na cultura portuguesa, a DAM virou-se naturalmente para a cortiça, apropriando-se deste material nacional de uma forma contemporânea. A marca foi lançada por Hugo Silva e Joana Santos em 2013, quando o casal de designers deu por si desempregado e começou a bater à porta de fábricas de mobiliário em Paços de Ferreira.
O banco de cortiça em forma de pipa de vinho foi uma das primeiras peças lançadas e a segunda a vencer o prémio POPS (Projetos Originais Portugueses) da Fundação de Serralves, na categoria de mobiliário. É um bom exemplo do humor que a marca tem procurado desde o início, a par do storytelling. “Todas as peças têm a sua própria vida, como se fossem personagens. Quando as construímos, fazemo-lo para além do desenho técnico, sempre com um moodboard da história”, resume Joana. Alguns exemplos incluem as mesas de cabeceira Nel e Maria, com chapéus de palha; os cabides Gumelo (que se assemelham mesmo a cogumelos); ou até mesmo um original pombo para espetar recados – um primo moderno do pombo-correio, chamado Colombo.