Laboratório d'Estórias

Loiça das Caldas, sem nus mas também com ousadia.

Texto: Catarina Homem Marques

Há quem não tenha jeito para cuidar de pássaros, ou não goste de os ver em gaiolas, mas é também para isso que existem os corvos, canários e melros do Laboratório d’Estórias, um projeto experimental de design que se juntou à antiga (já com queda para a ousadia) cultura da loiça das Caldas da Rainha.
“Um projeto assim só faz sentido com recurso às técnicas de manufatura que sempre se usaram na cerâmica caldense e que em tempos colocaram a cidade no centro do mundo da cerâmica”, explicam Rute Rosa e Sérgio Vieira. É, além disso, “uma forma de preservar saberes e tradições em risco”.
Todos os produtos da marca criada em 2013 contam uma história que é imaginada de raiz e vem escrita na caixa que embrulha a loiça. Todos procuram também inspirar-se na cultura popular portuguesa mas “reinventar objetos tradicionais”, inventando-lhes esse “era uma vez” ou dando-lhes novas funções. Para além dos pássaros de cerâmica, deste Laboratório já saíram peças como um manjerico que guarda sementes, uma casca de noz que serve de taça, ou ainda uma oliveira que, do alto do seu monte, foi transformada num prato para degustar azeite.

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