Madre

Criada por duas designers, a Madre faz pequenas edições de objetos pensados ao milímetro.

Texto: Ana Dias Ferreira

Raquel Rei e Ana Areias conheceram-se num estúdio de comunicação, no Porto, mas depressa perceberam que o design gráfico não chegava – do que gostavam mesmo era de objetos. Durante uns meses, resolveram tirar uma parte do dia para aprender cerâmica e, com moldes e barro líquido, fizeram nascer uma linha de recipientes que encaixavam uns nos outros e, com eles, a Madre.
O nome da marca vem da peça-mãe a partir da qual se fazem os moldes em cerâmica, mas o passo seguinte foi explorar outros materiais além do barro. Vieram os bancos de madeira e as bases em resina, uma original colher de café em latão banhado a prata dourada e até um colar em mogno. Tudo com uma linguagem minimal e de inspiração nórdica.
Mais do que coleções, têm edições limitadas, em que a escala das peças vai respondendo à procura – um luxo a que se permitem por continuarem a ter o design gráfico como atividade principal. “Acabamos por trabalhar sobretudo com produtores pequenos, mais na onda dos makers”, diz Ana. “Por vezes propomo-nos fazer visitas de estudo às fábricas ou ateliês, que acabam por ser uma inspiração. Ultimamente até temos chamado à Madre um laboratório, porque o que acontece é que descobrimos um material e vamos à procura de quem é que nos pode ajudar a trabalhá-lo.”
As chávenas de café e o copo alto, ideal para guardar canetas, são produzidos numa pequena fábrica familiar em Barcelos, onde a dupla descobriu também que se fazem “muitos dos melhores projetos de Berlim e Copenhaga”.

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