Rupy

Em madeira e cortiça, os brinquedos da Rupy querem estimular a imaginação das crianças.

Texto: Ana Dias Ferreira

Isabel Veiga e Cláudia Lopes conheceram-se na mesma empresa, em Vila Real, mas foi a maternidade que as aproximou. Engenheira civil e arquiteta, respetivamente, tornaram-se mães ao mesmo tempo e perceberam que tinham ideais semelhantes na forma de educar os filhos. Com a primeira gravidez descobriram o babywearing, à segunda lembraram-se de criar os seus próprios brinquedos.

A Rupy nasceu em 2019 para oferecer “brinquedos ecológicos de conceito aberto”, em madeira e cortiça, e para fugir “aos que trazem pilhas e brincam sozinhos, quase sem as crianças”, nas palavras da dupla. É isso que significa o “conceito aberto”: que não vêm cheios de regras e precisam de imaginação e criatividade dos mais pequenos para ganhar vida.

“Nós não dizemos para que servem os brinquedos. Um bloco pode ser um cubo, um tijolo ou uma torre”, exemplifica Cláudia. “Normalmente quando os criamos, gostamos que cada um dê para mais do que uma coisa”, acrescenta Isabel. É o caso do puzzle com folhas: “tão depressa pode ser usado para encaixar e treinar a motricidade fina, como para aprender o tipo de folhas que existem ou até para ir fazer um peddy paper e tentar encontrar iguais, verdadeiras.”
Do catálogo da marca fazem parte dinossauros e carrinhos em madeira, pequenas figuras em forma de peões, um jogo do galo e outro da memória, ou ainda aquilo a que as criadoras chamam “sólidos geométricos” – um conjunto de cones, cubos e esferas, entre outras formas, que podem ser adquiridas na versão natural ou colorida, e são um reflexo do tempo em que Cláudia dava explicações de geometria.
Cada brinquedo começa com uma ideia, que dá origem a um desenho (à mão e 3D), até ser executado por um artesão português. Todo o trabalho de finalização – lixar, pintar e encerar – volta para as mãos da dupla criativa, até para garantir “o uso de tintas específicas e um acabamento certificado para crianças”.

Embora não haja regras nem idades definidas, a verdade é que o leque de brinquedos já lançados abrange desde bebés – com uma versão do ovo montessoriano – a crianças em idade escolar, convidadas, por exemplo, a manterem um calendário original, para rodar diariamente.
“Por serem abertos e em materiais nobres, os brinquedos acabam também por ser intemporais”, conclui Cláudia. Com a vantagem de serem tão geométricos e minimais que se enquadram bem na decoração da casa.

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