O currículo de Margarita Pugovka é o cruzamento improvável de duas habilidades. Tem provas dadas nas passerelles e há anos que trabalha para se aperfeiçoar na pastelaria. A técnica advém de um “grande amor pelo açúcar”, como faz questão de frisar. E se a ideia de uma criança apegada aos doces nada tem de inédito, olhar para ela hoje revela uma pasteleira talentosa, terceiro lugar no MasteChef.
“Comecei ainda sem perceber bem o prazer que isto me dava. Mas era como gostava de passar o tempo”, diz, referindo-se à infância em Aveiro, depois de os pais terem deixado a Letónia, tinha ela oito anos. “A minha mãe era péssima a fazer sobremesas, apesar de cozinhar muito bem. No fundo, comecei a fazer as minhas coisas para satisfazer a vontade de comer docinhos”, continua.
Como modelo, começou a viajar assim que atingiu a maioridade e com as viagens aumentou o léxico de sabores e ingredientes. Tinha os 15 anos de Kate Moss e o mesmo um metro e 75 de Carla Bruni quando pôs o primeiro pé dentro da indústria da moda. “Estava num centro comercial a comer tudo a que tinha direito – batatas fritas com molho e um kebab – e fui abordada por uma scouter para entrar num concurso. Mas estava decidida a não me inscrever”, recorda.