Dos mesmo donos donos das Casas Caiadas, abriu em 2020 a Open House, uma casa de hóspedes em pleno centro histórico de Arraiolos. Pensada para viver “um Alentejo autêntico para além do campo”, a guesthouse é “um convite para conhecer uma vila bem preservada, com história e tradição”, nas palavras de Mário Domingues, um dos proprietários.
O edifício agora amplo e muito branco estava abandonado, quase em ruínas, “mas com um potencial arquitetónico enorme”. Localizado entre duas ruas pedonais e com duas entradas, também não lhe faltava currículo: no princípio do século passado funcionou como hospedagem e mais recentemente como pastelaria – não uma qualquer, mas “a que deu origem ao pastel de toucinho, o doce mais afamado de Arraiolos”.
Luís Pereira Miguel, o mesmo arquiteto das Casas Caiadas, foi novamente chamado a assinar
o projeto de recuperação, com a ideia de “voltar a abrir a casa para as duas ruas, daí o nome, e recuperar as dinâmicas sociais e comerciais da vila”. Não por acaso, às quatro portas que já existiam foi acrescentada uma quinta – o único risco é que a decoração é tão cuidada, e a piscina no terraço tão convidativa, que pode não apetecer sair.
No piso térreo fica a zona social e a cozinha, no de cima três quartos e uma suíte. Em todos impera o estilo leve e minimalista, com peças especiais criadas para o local e assinadas por João Bruno – designer que tem trabalhado a lã de Arraiolos para fazer cadeiras, por exemplo – e pela artista Graça Paz, que reinterpretou o azul e os arcos do Alentejo numa coleção de telas.
Para um retiro romântico ou uma escapadinha em família, a casa pode ser reservada ao quarto ou em regime privado, sendo que, neste caso, tem capacidade para oito pessoas – dez, com jeitinho.