Com quase 400 anos, a quinta que serve de morada ao Pico do Refúgio já foi muitas coisas: posto de vigia para prevenir ataques de piratas, forte de milícias durante a guerra civil que opôs liberais e miguelistas, quinta de laranjeiras – quando o principal fruto da ilha era a laranja e não o ananás –, casa de campo de artistas e até fábrica de chá (o chá Ataíde, nome da família proprietária).
Desde 2008, é um alojamento de turismo rural com oito casas, e desde 2015 tem um programa de residências artísticas (por onde já passaram o fotógrafo Daniel Blaufuks e o músico Thurston Moore, dos Sonic Youth, por exemplo).
Com quarto, sala e uma área que vai dos 55 aos 110 metros quadrados, cada uma das oito casas está equipada com kitchenette e lareira ou salamandra. Algumas ocupam antigos celeiros da quinta, enquanto os lofts ficam na fábrica de chá desativada e chegam a ter um pé-direito de sete metros. “São 20 hectares para passear, com piscina e escola de mergulho”, resume o proprietário, Luís Bernardo, avançando que no futuro a ideia é ter também um restaurante e ainda ateliers artísticos como uma carpintaria.